terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ganesha

Até pouco tempo atrás, pensava que o deus elefante fosse uma espécie de Hermes grego ou Exu africano. E eis que Ganesha é uma...


"Figura venerada na Índia e muitas vezes reproduzida sob a forma de estatueta: cabeça de elefante com uma presa quebrada (ou as duas), uma grande tromba, um enorme corpo glutão, deformado, sentado num veículo minúsculo: um rato ou uma flor de lótus, muitas vezes com uma tiara na cabeça. Swami Siddheswarananda vê nesse símbolo a integralidade do pensamento hindu... Maya, ou a contradição da vida. Essa mistura de elefante e homem, essa assimetria, essa falta de harmonia, esse conjunto de grotesco e de solene, de peso e ligeireza, gordo ventre em cima de um rato, de uma flor, todas essas oposições representariam Maya, a manifestação. Filho de Shiva, Ganesha exprime o princípio da manifestação, com todas as suas aventuras no mundo movediço e ilógico das aparências ou das realidades efêmeras. Evoca todas as possibilidades da vida e todas as suas expressões, até as mais burlescas, no tempo e no espaço" (Vedanta). Algo tão arcano zero...

Assim, parece que o santo elefante personifica a própria experiência humana, aproximando-se dos gregos e baianos. Ganesha, nosso Exu e Mercúrio/ Hermes, são os deuses mais próximos dos homens.

Aproveitemos, entonces, para falar-lhes...

_ Salve Ganesha, Exu, Hermes e todas as suas forças! Que vós nos ouçam.




Referência bibliográfica:
Chevalier, J; Gheerbrant, A. Dicionário de Símbolos. 19a. edição. RJ: José Olympio. 2005.

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