segunda-feira, 23 de julho de 2012

O vizinho

Domingão foi dia de churrasco embalado pelo garçon de Reginaldo Rossi na laje do vizinho. Aquela fumaça no ar e a criançada querendo entrosar.

No fim do dia, o menino de cinco anos veio assistir a um filme junto ao pequeno de quatro. Como tinha fome, o vizinhinho comeu três bananinhas-ouro, uma maçã e a sopa quando ficou pronta. E, durante o jantar, contou que o pai tinha medo de avião. Que só ia pro norte de carro.

Que norte? Pernambuco? ""Sei que norte, não, mas minha mãe não tem medo, não". Ela quer ter uma menina, mas meu pai não deixa não. E parecia uma sessão de terapia gastronômica: falava e comia, falava e comia.


Na segunda-feira, eles que vendem guarda-chuva quando chove e açaí, quando faz sol, acordaram cedo e nós também: eu e o rapazinho de quatro.


O meninote, às 9h, lança a contundente frase "mãe, eu quero um irmãozinho". Já te disse pra pedir essas coisas pro seu pai. Vá falar com seu pai. "Mas mãe, não adianta, quem faz o filho é você!" E eu, na minha ing-nhoransã, assenti como quem vê que o menino sabe das coisas.


Pra Mônica, Ulisses e Mariama.

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